sexta-feira, 25 de maio de 2012

PEDRA, PAPEL, TEZOURA

Este mês eram sete a uma sexta, isso significa que dois seriam um na data certa, com milhões de sonhos e planos, estes meses passariam facilmente a anos, e os dois que constituíam um facilmente passariam a três e depois a quatro sendo que para mim o numero perfeito seria seis.
 Mas antes da multiplicação teria-mos que fazer então, a soma da concretização das viagens dos sonhos e dos objectivos que tínhamos para o nosso um que éramos os dois, eu consigo facilmente ver-me nesses cenários que agora são hipotéticos ou meras sombras de uma realidade outrora concreta e real.
É triste ver duas perpendiculares simbioticas tornarem-se paralelas e ver como aos poucos essas paralelas se tornam independentes e passam a dois pontos dispersos num universo imenso infinito.
 Era lindo quando éramos dois termos da mesma equação, quando éramos duas notas em sintonia na mesma sinfonia,quando eras a clave que me trazia sol e mesmo eu estando longe de ti nunca me sentia só, ou quando eras a lapa do meu rochedo.
Fomos dois átomos do mesmo elemento químico, fomos um raio de sol que durante cinco meses alimentou um painel solar da  Aosol  e gerou energia suficiente para alimentar um pais inteiro.
 Ao teu lado senti que as leis da física referentes ao tempo e espaço eram quebradas, e a nossa história arruma num canto qualquer das obras de Almada Negreiros ou Aquilino Ribeiro.
 Shakespeare, Leonardo Davinci, Rafael Sanzio e Donatello Bardi, falhariam redondamente caso tentassem de alguma forma representar aquele nosso amor num qualquer tipo de arte, nem mesmo Albert Einstein teria uma teoria capaz de explicar tal sentimento.
Sabes que por ti era capaz de descer aos infernos como Dante fez, enfrentava facilmente qualquer das bestas presentes na "Odisseia" de Homero, e quando fosse enfrentar o tão temível Adamastor de "Os  Lusíadas" rasgava-lhe o ventre e usava os seus intestinos para saltar a corda, seria também capaz de enfrentar todo o Olimpo incluindo os Titãs que nem Kratos na saga "God Of War".
 Mas esta é a minha forma de ver e a tua? O que é que fui? O que é que sou? O que serei?
Serias tu capaz do mesmo por mim? Será que alguma vez foste capaz? Não procuro ofender-te com tais perguntas apenas quero perceber o porquê de tudo isto, o porquê da incerteza o porquê da indecisão, o porquê das contradições.
Defendes-te levantando uma parede de betão, escondes-te nas brumas de uma floresta densa, ocultas o que sentes de forma a seres ambígua e contraditória para ti própria.
Eu tenho isto e muito mais para dizer, de ti sabes o que tenho tido?

O silencio.
 



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